Saturday, February 21, 2015

COMPOSITORES, POETAS, CANTORES, AMIGOS, AMORES




Para mim o "Homem mais sexy de verdade seria uma mistura de Chico [Buarque] com o Caetano [Veloso]" -(Juliana Paes)































Paulo Senna 11.07.2011 08h00m


 


(Chico Buarque e Caetano Veloso).
Depois de 20 anos, o canal Viva deu aos telespectadores afoi exibido pela Rede Globo, gravado no Teatro Fênix, no Rio de Janeiro, uma vez por mês, em 1986, às sextas-feiras, às 21h30m. Na concepção esteve Daniel Filho, na direção esteve Roberto Talma; e na criação e roteiro esteve Nelson Motta.
Artur Xexéo em sua coluna na Revista Globo fez alguns comentários importantes sobre o programa. Portanto, toda frase que aparecer entre parênteses é do jornalista e colunista de O Globo.
Na TV de hoje, o programa “não existiria”. A apresentação, lógico, era de Chico Buarque de Hollanda e Caetano Veloso.





“Há uma grande transformação entre o primeiro e o segundo programa. Talvez isso tenha sido provocado pela grande espectativa criada pela estreia e pela decepção que ela provocou. Chico e Caetano, juntos, ao vivo, na TV, não deram liga. A timidez de um não combinava com a descontração do outro. Os dois praticamente não contracenavam, o roteiro era muito solto e os ‘apresentadores’ não ‘apresentavam’. Na estreia, Caetano ensaiou a função ao anunciar Luiz Caldas, contando o começo do axé music. Chico não ousou tanto. Só aparecia para cantar. Diante disso, algumas alterações foram feitas na ficha técnica do primeiro para o segundo programa, “significaram alterações também na estrutura” do mesmo. “Chico e Caetano, por exemplo, passaram a ficar em cena o tempo todo, mesmo que só assistindo à apresentação de um convidado”. Então, “o programa ganhou uma cara, mas nunca foi um grande sucesso”, relembrou Xexéo.




O objetivo do diretor Daniel Filho, que concebeu o programa, era promover grandes encontros entre músicos, brasileiros ou estrangeiros. Com um roteiro bastante aberto, elaborado por Nelson Motta, os dois anfitriões cantavam e conduziam o espetáculo de outros cantores a fim de fazer do programa um ponto de encontro entre amigos.
A série, dirigida por Roberto Talma, foi exibida em nove programas. 
Passaram pelo palco de “Chico & Caetano” representantes de diversos estilos: Cazuza, Elizeth Cardoso, Elza Soares, Evandro Mesquita, Gilberto Gil, João Bosco, Jorge Ben Jor, Legião Urbana, Luiz Caldas, Maria Bethânia, Os Paralamas do Sucesso, Paulinho da Viola, Rita Lee e os estrangeiros Astor Piazzola, Mercedes Sosa, 


Pablo Milanés e Sílvio Rodriguez.

No dia 15 de agosto de 1986, o cantor Tim Maia, que chegara a ensaiar na véspera, não compareceu à gravação, o que levou a equipe de produção a alterar a estrutura do programa, exibindo trechos do ensaio. “Tim... era um dos convidados. Na véspera da gravação, chegou ao Teatro Fênix, ensaiou, reclamou de tudo (pediu eco, retorno, ‘side’, ‘side’, mais ‘side’), foi embora e... nunca mais voltou”.
A Divisão de Censura da Superintendência da Polícia Federal vetou a execução da música Merda (“Boa sorte!”, no jargão teatral), de Caetano Veloso. Além do uso de uma linguagem considerada imprópria pelas autoridades, a música também fazia referência ao uso de drogas (“Nem a loucura do amor/da maconha, do pó, do tabaco e do álcool/vale a loucura do ator”).
O projeto de cenografia de Mário Monteiro para "Chico & Caetano" foi o mais discreto possível: um cenário branco-e-preto com o fundo por vezes escondido por uma névoa, e apenas alguns fachos de luz iluminando os artistas.

O programa acabou gerando um LP, “Os melhores momentos de Chico & Caetano”, lançado pela gravadora Som Livre em meados de novembro de 1986. Entre as músicas do disco estavam “Águas de março”, com Caetano, Chico e Tom Jobim; “Adiós Nonino”, com Astor Piazzola; e “Festa imodesta”, com Chico e Caetano. Curiosamente, a polêmica “Merda” também fez parte do disco.





O programa foi reapresentado nas tardes de sábado, de janeiro a março de 1987. 

































PROGRAMAS COMPLETOS 1 A 4 















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